Periferias emergem como novos centros de arte contemporânea

 

Um dos convites da 32ª Bienal de São Paulo é para a desaprendizagem: rever todas as categorias do que é saber, valor, central. Um passeio pelos pavilhões revela onde os artistas foram buscar repertório para seus trabalhos: nos interiores, nas ribeiras, nas plantações. A exposição contempla Brasis, Américas, Áfricas e tantos de nós, que estamos incertos e vivos neste mundo contemporâneo.

O potencial do Brasil como centro da nova espiritualidade mundial

 

Para a artista Marina Abramovic, que sempre desafiou os limites entre corpo e arte, o Brasil é um repositório infinito de ideias, sentidos e sentimentos. No documentário “Espaço Além”, vemos um retrato profundo do país, absolutamente necessário para uma época crítica como a que vivemos. Trata-se um “Brasil interior” que revela a verdadeira vocação de nossa nação: ser um centro da nova espiritualidade e religiosidade mundial.

Transição para Era de Aquário: além do viés astrológico

 

Estamos em transição para uma nova era, mais afetiva, feminina e orientada pelo sentimento e a intuição. O que os astrólogos chamam de era de Aquário é o mesmo que os economistas chamam de capitalismo consciente. É a era do conhecimento para os filósofos, a era caórdica para os intelectuais e a era digital para os tecnológicos. Humanistas chamam de novo humanismo e varejistas de crise.

Revolução silenciosa: Silêncio Criativo como arcabouço para o novo

 

Para orientar positivamente a grande mudança planetária que estamos vivendo, esta é a tese: apenas espaço vazio recebe padrões inteira e autenticamente novos para resolvermos a complexidade dos problemas atuais e passarmos a co-criar um mundo novo. O Silêncio Criativo é gerador e arcabouço de ideias. Não há nada mais eficiente do que o Silêncio para o despertar da criatividade e para que o novo possa emergir.

Adaptação às novas existências: como se vive em uma ecovila

 

Populariza-se o movimento global de comunidades autossuficientes, sustentáveis e em harmonia com o meio ambiente. Além do fator ecológico, essas comunidades integram aspectos econômicos, sociais e culturais por meio de gestão participativa e permacultura. As ecovilas oferecem um modo de vida pós-contemporâneo em que todos trabalham, têm voz e colaboram.

Depois dos tempos líquidos: espiritualidade contemporânea e a busca por propósito

 

A busca contemporânea por espiritualidade é observada em hábitos cotidianos que promovem, acima de tudo, autoconhecimento. Yoga, meditação, veganismo, medicina integrativa: são práticas distantes de dogmas e próximas do encontro com o “eu” e com um propósito maior. Neste comportamento emergente, observa-se uma subversão na ordem dos “tempos líquidos”. Novos negócios escapam à logica do capitalismo e sugerem um estilo de vida mais inclusivo e menos focado em acúmulo de capital.

Beleza feita em casa, autonomia e empoderamento

 

Em um cenário onde o consumo de cosméticos ainda é muito pautado pelo marketing, algumas mulheres resolvem assumir uma beleza mais natural e trocar a prateleira de cosméticos por produtos feitos em casa. É um comportamento lowsumer que implica em uma troca de moeda: paga-se pela qualidade e não pela marca. Possibilidades envolvem produtos não testados em animais, receitas veganas ou fórmulas totalmente naturais.

Medicina Integrativa e o poder da cura que vem de dentro

 

A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade — mente, corpo e espírito. O paciente passa a ser visto como o principal responsável por sua melhora e é conduzido a entender que a cura vem de dentro para fora, e não o contrário. Neste processo, a busca pelo simples e natural ganha força.

A principal tendência da atualidade: entenda a urgência do Lowsumerism

 

Como frear o consumismo em uma sociedade dominada por indústrias e marcas? As respostas surgem por meio de microtendências que levam a uma macrovisão da vida contemporânea: todo o nosso zeitgeist tem se voltado ao “menos é mais”. O consumidor, cada vez mais consciente, abraçará as alternativas de novos modelos mercadológicos capazes de atender às suas necessidades e vontades de uma maneira menos nociva.

Êxodo urbano: impulso primitivo em busca da simplicidade

 

Estamos vivendo um período de êxodo urbano, em busca da nossa essência mais selvagem, do nirvana da vida simples, por um sentido maior e algo que nos torne mais significantes no mundo. O consumo consciente, a permacultura e a rotina distante do caos urbano estão em voga. Afinal, a nossa essência não mora no que podemos comprar, mas sim no que podemos ser.