Auto-trolling como forma de blindagem
Seja em filtros de Instagram ou em status editados nas redes sociais, vivemos em um mundo onde a imagem pessoal é lapidada com tamanho esmero que pouco sobra de sua essência verdadeira. O estímulo à autopromoção é cada vez mais explícito, ao mesmo tempo que a busca pela perfeição se torna entediante e pouco autêntica.
Quando todos estão habituados a apresentar a melhor versão de si e tentar agradar ao maior número de amigos ou seguidores, reconhecer a imperfeição passa a ser valorizado como prova de autenticidade e autoconfiança.
Saber rir de si mesmo é saber que ninguém está acima do ridículo. Nessa lógica, a auto-trollagem é uma forma libertadora de desmistificar o jogo de imagens imaculadas que circulam nas timelines da vida.
Auto-trolling for business
Para marcas e corporações, o Smart Trolling permite uma postura mais libertária e interessante do que o empoeirado “Olimpo das Marcas Aspiracionais”. A Pepsi foi pioneira nesse pensamento, quando lançou sua campanha Pode ser?, em 2010.
O browser Internet Explorer fez 50 milhões de pessoas se arrepiarem com seu discurso nostálgico dos anos 1990. Quem vai conseguir reclamar do pior navegador do mundo depois de assistir a esse vídeo?
O serviço de streaming de música Spotify incorporou a atitude nonsense e a devoção dos jovens à música como tema da comunicação. Os filmes são sempre em primeira pessoa, e o tom de self-joke serve como um retrato de todos nós.
No Brasil, o estilista Fernando Cozendey tem caído no gosto de mulheres como Fernanda Lima, Gaby Amarantos, Céu e Vanessa da Mata. O que chama a atenção no seu trabalho, além da destreza de lidar com um tecido tão complicado como a lycra, são as criações permeadas por um humor escrachado.
Rir de si mesmo é assumir que, em algum momento, você também é motivo de piada para alguém. É rir da própria foto antes de apontar o dedo para o perfil ao lado. É sair do pedestal, descer do salto, revelar fraquezas e, assim, conquistar empatia.
Seja em filtros de Instagram ou em status editados nas redes sociais, vivemos em um mundo onde a imagem pessoal é lapidada com tamanho esmero que pouco sobra de sua essência verdadeira. O estímulo à autopromoção é cada vez mais explícito, ao mesmo tempo que a busca pela perfeição se torna entediante e pouco autêntica.
Quando todos estão habituados a apresentar a melhor versão de si e tentar agradar ao maior número de amigos ou seguidores, reconhecer a imperfeição passa a ser valorizado como prova de autenticidade e auto-confiança.
Saber rir de si mesmo é saber que ninguém está acima do ridículo. Nesta lógica, a auto-trollagem é uma forma libertadora de desmistificar o jogo de imagens imaculadas que circulam nas timelines da vida.
Para marcas e corporações, essa postura abre espaço para um posicionamento mais libertário e interessante do que o empoeirado “Olimpo das Marcas Aspiracionais”. Rir de si mesmo é assumir que, em algum momento, você também é motivo de piada para alguém. É rir da própria foto antes de apontar o dedo para o perfil ao lado. É sair do pedestal, revelar fraquezas e conquistar empatia.
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