Em um cenário ambiental que demanda por uma mudança geral na mentalidade humana, os critérios do que é “sucesso” mudaram, principalmente no que diz respeito ao que seria uma pessoa ou um negócio bem sucedido. Novos códigos substituem modelos capitalistas, evidenciando a urgência da economia sustentável.
Estamos vivendo um período de êxodo urbano, em busca da nossa essência mais selvagem, do nirvana da vida simples, por um sentido maior e algo que nos torne mais significantes no mundo. O consumo consciente, a permacultura e a rotina distante do caos urbano estão em voga. Afinal, a nossa essência não mora no que podemos comprar, mas sim no que podemos ser.
A forma como a sociedade encara seus deveres em relação ao meio ambiente mostra sinais de que ela está passando por uma importante e complexa transformação. Os anos de repetição do mesmo manual de “cidadão sustentável” estão chegando ao fim. O modelo em que tudo é descartável começa a sair de cena e dá lugar aos projetos de “zero waste”, ou “lixo zero”.
Comprar nunca foi tão fácil, mas as inovações que tanto facilitam nossa vida também acabam por nos deixar mais isolados. Nossos atos de compra e hábitos de consumo são testemunhas de que estamos mais solitários. A volta de hábitos de compra ligados a valores locais e tradicionais tornam-se uma forma de fortalecer o contato tête-à-tête que foi perdido com o advento dos meios digitais. Reestabelecer relações perdidas graças aos frágeis e impessoais laços digitais parece ser um comportamento emergente nos grandes centros urbanos.
O homem foi tirado da posição de centro do desenvolvimento e muitas das relações humanas viraram comerciais. Vivemos mergulhados no consumismo e a individualidade se tornou a nova bandeira de liberdade (ou seria da propaganda?). Por mais que possamos acreditar que evoluímos muito desde os primórdios, a sensação é a de que crescemos muito pouco quando o assunto é consciência. E já está na hora de fazer esse exercício.
Seriedade e competência não são coisa de adulto. Energia e espontaneidade não são coisa de moleque. Acostume-se: estereótipos de idade não representam o mundo contemporâneo. Na mídia, na moda e na música, adolescentes aparecem não mais como símbolos de inexperiência, mas como ícones personalidade.