Os primeiros nativos digitais estão no mercado de trabalho. São jovens que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional — mas há uma barreira no mercado: a carga horária é a mesma do começo do século XX. Chegamos ao limite do modo de trabalhar que vem se desenvolvendo desde a revolução digital.
Um dos convites da 32ª Bienal de São Paulo é para a desaprendizagem: rever todas as categorias do que é saber, valor, central. Um passeio pelos pavilhões revela onde os artistas foram buscar repertório para seus trabalhos: nos interiores, nas ribeiras, nas plantações. A exposição contempla Brasis, Américas, Áfricas e tantos de nós, que estamos incertos e vivos neste mundo contemporâneo.
A cultura política aumentou e a conscientização dos jovens sobre sua importância é crescente. O túnel dos próximos anos pode ser escuro e longo, mas neste túnel há luzes que para a maioria são imperceptíveis. É hora de começarmos a nos ver em políticos que, de verdade, nos representam.
Ao longo dos últimos anos, vivemos um crescimento exponencial do uso dos meios pelos quais interagimos — e imergimos — em ambientes digitais. O próximo passo dessa evolução pode nos levar a não mais diferenciar em qual destas múltiplas realidades estaremos vivendo.
Em sua força como registro e contação de nossa cultura, a música é linguagem para compreender comportamentos e cenários brasileiros. Brasis adentro, produções musicais borram as fronteiras entre o que é tradição e o que é vanguarda. Expressões artísticas brasileiras que estão além do óbvio social e geográfico aproximam mundos que não se conhecem. O som faz sentirmos na pele a potência da descentralização.
A vulnerabilidade sugerida pelo “nu artístico”, que apresenta o feminino sob uma ótica masculina e castradora, opõe-se ao poder do “nude”, que desafia a norma e reforça o controle da mulher sobre sua própria imagem e sexualidade. Existe valor no selfie criado e compartilhado online. Agora, mais do que nunca, existe a oportunidade de construir a cultura visual do amanhã, sob uma nova perspectiva — a feminina.