A cultura política aumentou e a conscientização dos jovens sobre sua importância é crescente. O túnel dos próximos anos pode ser escuro e longo, mas neste túnel há luzes que para a maioria são imperceptíveis. É hora de começarmos a nos ver em políticos que, de verdade, nos representam.
Inclusão e diversidade deixam de ser desejo de alguns e passam a ser necessidade de todos. Políticas de inclusão, capacitação e empoderamento, juntamente com a explosão do empreendedorismo feminino, fragilizam a barreira invisível do glass ceiling, com a promessa de finalmente estilhaçá-la.
Os abusos sofridos por atores pornô e o público cada vez mais consciente impulsionam o movimento pós-pornô, que mistura arte e política. Vídeos e performances sexualmente explícitos têm como fim não a masturbação, mas a crítica às amarras da sexualidade e à própria indústria pornográfica.
Populariza-se o movimento global de comunidades autossuficientes, sustentáveis e em harmonia com o meio ambiente. Além do fator ecológico, essas comunidades integram aspectos econômicos, sociais e culturais por meio de gestão participativa e permacultura. As ecovilas oferecem um modo de vida pós-contemporâneo em que todos trabalham, têm voz e colaboram.
Contra à onda de conservadorismo que tem assustado os que acreditavam em avanços do mundo em termos de direitos humanos, chega ao holofote a Geração Tombamento, uma nova leva de cantoras e cantores cujos trabalhos se unem pela força representativa das principais questões da sociedade civil — raça, gênero e sexualidade. Este grupo de artistas celebra junto aos seus públicos o movimento de “tombar” os padrões do senso comum.
Entramos na democracia digital e o caminho é sem volta: os governos precisam passar a ver a tecnologia como ponto de partida para todas suas ações. Novas tecnologias e os inovadores por trás delas ressignificam processos e apontam para um amadurecimento democrático, que chega a novas pessoas e de forma profunda e complexa.
A busca contemporânea por espiritualidade é observada em hábitos cotidianos que promovem, acima de tudo, autoconhecimento. Yoga, meditação, veganismo, medicina integrativa: são práticas distantes de dogmas e próximas do encontro com o “eu” e com um propósito maior. Neste comportamento emergente, observa-se uma subversão na ordem dos “tempos líquidos”. Novos negócios escapam à logica do capitalismo e sugerem um estilo de vida mais inclusivo e menos focado em acúmulo de capital.
Como frear o consumismo em uma sociedade dominada por indústrias e marcas? As respostas surgem por meio de microtendências que levam a uma macrovisão da vida contemporânea: todo o nosso zeitgeist tem se voltado ao “menos é mais”. O consumidor, cada vez mais consciente, abraçará as alternativas de novos modelos mercadológicos capazes de atender às suas necessidades e vontades de uma maneira menos nociva.
Para nos libertarmos de um modelo econômico que destrói a natureza e nos afasta de toda e qualquer conexão significativa, temos que nos livrar de suas premissas. A liberdade não reside na escolha de consumo nem de produção, mas na escolha de como fazê-los. O campo social pós-Internet mostra que, ao interagirmos na rede da economia colaborativa, ampliamos as possibilidades de fluxo, não só de informação mas também de recursos.
Fala-se muito sobre um tal “novo feminismo”, mas não é a primeira vez que este movimento passa por um boom midiático. Desta vez, sua grande aliada é a internet. Propício para a democracia e pluralidade de vozes, o ambiente digital faz com que a mensagem contra o sexismo ecoe da vanguarda até o mainstream, cada vez mais longe e com mais intensidade.
O recente estudo “The Rise Of Lowsumerism” rejeita os excessos e explora a manifestação de uma nova consciência em relação ao consumo. Consumir deveria ser um ato pensado de acordo com as nossas necessidades, não um substituto para falta de tempo ou afeto. É normal ficar perdido quando se deseja uma mudança tão grande de estilo de vida, por isso aqui estão reunidas algumas sugestões para se colocar em prática uma vida lowsumer.
O consumo de moda vem sendo repensado e revisto. Questões éticas entram em jogo e começam a ser consideradas nas decisões de compra. Quando os males da indústria vem à tona, consumir passa a ser um ato consciente e político. Hoje, as marcas estão levando em consideração o repúdio do público por escândalos que degradam a vida humana. O despertar para uma maneira mais evoluída de consumir deverá atingir proporções ainda maiores nos próximos anos.