Revolução silenciosa: Silêncio Criativo como arcabouço para o novo

 

Para orientar positivamente a grande mudança planetária que estamos vivendo, esta é a tese: apenas espaço vazio recebe padrões inteira e autenticamente novos para resolvermos a complexidade dos problemas atuais e passarmos a co-criar um mundo novo. O Silêncio Criativo é gerador e arcabouço de ideias. Não há nada mais eficiente do que o Silêncio para o despertar da criatividade e para que o novo possa emergir.

Depois dos tempos líquidos: espiritualidade contemporânea e a busca por propósito

 

A busca contemporânea por espiritualidade é observada em hábitos cotidianos que promovem, acima de tudo, autoconhecimento. Yoga, meditação, veganismo, medicina integrativa: são práticas distantes de dogmas e próximas do encontro com o “eu” e com um propósito maior. Neste comportamento emergente, observa-se uma subversão na ordem dos “tempos líquidos”. Novos negócios escapam à logica do capitalismo e sugerem um estilo de vida mais inclusivo e menos focado em acúmulo de capital.

Medicina Integrativa e o poder da cura que vem de dentro

 

A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade — mente, corpo e espírito. O paciente passa a ser visto como o principal responsável por sua melhora e é conduzido a entender que a cura vem de dentro para fora, e não o contrário. Neste processo, a busca pelo simples e natural ganha força.

A principal tendência da atualidade: entenda a urgência do Lowsumerism

 

Como frear o consumismo em uma sociedade dominada por indústrias e marcas? As respostas surgem por meio de microtendências que levam a uma macrovisão da vida contemporânea: todo o nosso zeitgeist tem se voltado ao “menos é mais”. O consumidor, cada vez mais consciente, abraçará as alternativas de novos modelos mercadológicos capazes de atender às suas necessidades e vontades de uma maneira menos nociva.

A guerra contemporânea contra o estresse

 

Em um mundo acostumado a operar em um ritmo inalcançável, produtos e serviços passam a ter o desafio de reduzir os excessos que cercam seus consumidores, reconhecendo o estresse como o inimigo invisível da vida moderna. O alívio vem em forma de breaks digitais e experiências que dão importância às pausas e ao alívio dos espaços revitalizantes.

Silêncio em tempos de excesso

 

A quietude tem sido vista como medida essencial para resgatar o equilíbrio e a criatividade pessoal, dando novo status ao silêncio. A valorização da meditação na cultura de massa é uma das evidências dessa corrente, que naturalmente passa a influenciar as relações de consumo. O conceito de No Noise Branding prova que, muita vezes, silenciar comunica mais do que falar.

Inacessibilidade como expressão de luxo

 

Foco e contemplação são características pouco presentes nessa geração, que cresceu em um contexto multitasking e tem como comportamento vigente a ausência de linearidade: um reflexo da Internet. Porém, uma crescente minoria se convence de que criatividade e atenção são irmãs siamesas. Hoje, observa-se um contra-movimento comportamental que prega o monotasking como a solução para uma vida com mais memórias, saúde e dedicação.

O vazio em cada curtida

 

Quando compartilhamos uma foto, um link ou um pensamento nas redes sociais, apresentamos fragmentos daquilo que desejamos que nos defina: existe a necessidade de aceitação. Hoje lidamos com quatro grandes esferas emocionais: a exaltação do ego, a necessidade de auto-afirmação, a sensação de pertencimento e a sensação de obrigação. Com isso, vários sentimentos são desenvolvidos de maneira única e desproporcional: frustração, orgulho, inveja, raiva, arrogância, ansiedade, alegria, curiosidade, etc.